Capital tem o 2º pior índice fiscal entre as capitais com gestão “ideológica” de Adriane

Capital tem o 2º pior índice fiscal entre as capitais com gestão “ideológica” de Adriane

Campo Grande obteve o 2º pior Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) em 2024 e só não ficou na lanterna porque a situação é pior em Cuiabá (MT). A Capital sul-mato-grossense reprovou nos índices de gasto com pessoal, investimentos e liquidez e deixou de ser vitrine para os investidores, título que ostentou por orgulho até o ano de 2014, último ano em que obteve nota acima de 7. O estudo – elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base em dados oficiais – avalia as contas das cidades brasileiras através de quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. O IFGF 2025 mostra que a cidade segue colhendo os frutos da gestão ideológica da prefeita Adriane Lopes (PP), no cargo desde abril de 2022 e que passou a campanha toda se queixando da falta tempo. Veja mais: MPE abre inquérito e cobra explicações da Sesau e de Papy sobre desvios de R$ 156 mi na saúde Adriane reduz investimentos em 46% e eleva gasto com pessoal em 15% apesar de reajuste 0% Partidos vão ao TSE para cassar mandato de Adriane e vice prefeita por compra de votos Campo Grande caminha na contramão da maioria dos municípios brasileiros e, pasmem, não só ficou em 25º lugar entre as 26 capitais – no geral, figura na vergonhosa posição de 3.467ª entre os 5.112 municípios pesquisados. “A análise de 2025 aponta que, em contexto de conjuntura econômica favorável e maior repasse de recursos, o cenário fiscal das cidades melhorou, mas 36% delas – com 46 milhões de brasileiros – ainda têm situação fiscal difícil ou crítica”, apontou a Firjan, ao fazer um balanço dos números de 2024. “As capitais apresentaram em 2024 excelência no IFGF Autonomia (média de 0,9039 ponto), alta flexibilidade orçamentária (IFGF Gastos com Pessoal médio de 0,8102 ponto), bom nível de investimentos públicos (IFGF Investimentos médio de 0,7050) e boa capacidade de planejamento financeiro (IFGF Liquidez médio de 0,7360 ponto)”, destacou. Das 26 capitais, 19 obtiveram o IFGF acima de 0,72. A campeã é Vitória (ES), que atingiu a nota máxima e todos os requisitos. Já cidade administrada pela bolsonarista Adriane só obteve 1 em autonomia financeira e reprovou nos demais requisitos, como gasto com pessoal (0,4105), investimentos (0,4726) e liquidez (0,4319). Caos fiscal reflete na vida da população A perspectiva é de o índice não melhorar. A prefeita prevê redução de 46% no investimento em 2026, de R$ 671,7 milhões para R$ 357,8 milhões. O gasto com pessoal deve subir em decorrência do reajuste de até 159% nos salários da prefeita, da vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (Avante), dos secretários municipais A precária situação financeira e a péssima gestão fiscal da Capital é sentida pela maior parte dos 30 mil servidores, que estão sem reajuste desde 2023, e pela população, com obras paradas, ruas esburacadas, postos sem remédios, médicos e aparelhos para realizar exames. E para complicar, Adriane é “apaixonada” por Jair Bolsonaro, a ponto de fugir dos eventos com ministros e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para participar de atos em defesa do ex-presidente na Avenida Paulista, em São Paulo, e na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A Capital já perdeu milhões de investimentos por falta de projetos ou por ter sido cortada do Novo PAC. Nas gestões de ouro, comandadas por André Puccinelli e Nelsinho Trad, na era do MDB, a maioria absoluta das obras foram realizados com verbas federais. Tem obra do PAC que até hoje não foram concluídas, como os corredores do transporte coletivo. Nesta semana, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), um aliado de Adriane, citou obras de escolas municipais de educação infantil paradas há 14 anos. Neste ano, a prefeita abriu mão de ajuda federal para concluir algumas unidades. No entanto, Carlão não criticou a prefeita, mas cobrou deputados federais e senadores a realizarem um mutirão para concluir as obras. Como tudo vem sendo distorcido na política brasileira atualmente, Adriane Lopes foi eleita para comandar a cidade e concluir as obras. Por que o socialista não cobrou a prefeita?