Após perder contrato com Governo por suspeitas do MPE, Acqua assume 10 hospitais da Cassems

Após perder contrato com Governo por suspeitas do MPE, Acqua assume 10 hospitais da Cassems

Após perder o contrato milionário do hospital regional de Ponta Porã por recomendação do Ministério Público Estadual por diversas irregularidades, o Instituto Acqua vai assumir a gestão dos 10 hospitais da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul). Em nota, o plano de saúde garante que a terceirização da tem o objetivo de “aprimorar a eficiência administrativa” e “fortalecer a estrutura de atendimento”. Ao ser questionado sobre o custo do contrato com a organização social, o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, não se manifestou. Por meio da assessoria, a informação se limitou a informar que haverá economia mensal de 10% sobre a folha de pagamento. Veja mais: TJ acata pedido de Ayache e derruba liminar que determinava nova assembleia na Cassems 270 milhões: Saúde suspende licitação suspeita para gestão de hospital para “ajustes” Não aprende! Governo contrata outro instituto envolvido em escândalo para gerir hospital no interior O Acqua vai assumir a gestão dos hospitais em Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas. “A iniciativa moderniza a gestão da rede hospitalar da Cassems, aprimora a eficiência administrativa ao mesmo tempo em que fortalece a estrutura de atendimento e garante que beneficiários e colaboradores tenham uma experiência cada vez mais qualificada dentro das unidades de saúde”, assegura. “A Cassems seguirá responsável pela estratégia e pelo compromisso institucional com seus associados, enquanto o Instituto Acqua trará sua expertise em gestão hospitalar, modernização de processos, eficiência administrativa e ampliação da resolutividade. O atendimento continuará funcionando normalmente, com a manutenção das equipes profissionais e o fortalecimento da infraestrutura”, destacou. “Ainda de acordo com o Conselho de Administração da Cassems, a decisão reflete o compromisso em construir uma gestão moderna e sustentável, capaz de acompanhar os avanços da saúde e atender às demandas crescentes do servidor público. Assim, a gestão compartilhada é mais um passo estratégico para consolidar a Cassems como referência em saúde, investindo não apenas em tecnologia e infraestrutura, mas também nas pessoas que fazem parte dessa história”, garantiu. Desconfianças A contratação do Acqua ocorreu um mês após o rompimento do contrato pela Secretaria Estadual de Saúde com a OS que administrativa o Hospital Regional José Simone Neto, de Ponta Porã, há cinco anos. O Governo do Estado acatou recomendação do MPE. O promotor Gabriel da Costa Rodrigues Alves apontou falhas na transparência e irregularidades na contratação emergencial da gestora da instituição em Ponta Porã. No ano passado, o Acqua recebeu R$ 97,8 milhões do Governo pela gestão dos hospitais de Ponta Porã e Três Lagoas. “Essa instituição Acqua tem um histórico bastante duvidoso quanto a sua expertise em gestão. Pois existem dezenas de ações, senão na casa dos três dígitos de ações. Inclusive com condenações”, afirmou o presidente da Abecams (Associação dos Beneficiários da Cassems), Jeder Fabiano da Silva Bruno. Ele citou operações da Polícia Federal contra a OS em São Paulo, Paranaíba e Maranhão. “A Cassems não abre contratos. La é um ambiente obscuro. Quase tudo se esconde. Quase nada se mostra”, afirmou, sobre o valor a ser pago pela contratação do Instituto Acqua. “Acho que estamos indo por um caminho sem volta. Os mesmos sintomas que aconteceram com o Previsul estão acontecendo hoje com a Cassems”, destacou, sobre o extinto Instituto de Previdência de Mato Grosso do Sul.

fonte; o jacare