Entrevista de Cuca repercute mal no Atlético-MG e aumenta pressão sobre o treinador para demissão

Entrevista de Cuca repercute mal no Atlético-MG e aumenta pressão sobre o treinador para demissão

Galo aumenta sequência negativa Derrotado pelo Cruzeiro por 2 a 0 na Arena MRV, o técnico Cuca concedeu uma coletiva nesta quarta-feira (27) marcada por respostas curtas e um tom desanimado, sem conseguir apontar com clareza as falhas do Atlético e um prazo para melhora. Cuca no Atlético. Foto: Pedro Souza / Atlético Junior Alonso crê em virada do Atlético-MG na Copa do Brasil Arana se posiciona sobre desvantagem no clássico pela Copa do Brasil Visivelmente incomodado, o treinador ainda lançou críticas veladas ao elenco, reforçando a impressão de desgaste em seu ciclo no comando do Galo: “Não tenho um prazo para te dizer, eu faço meu melhor. Eu não tenho um prazo e nem uma certeza de que as coisas vão melhorar. Eu tenho vontade de trabalhar e de fazer com que as coisas melhorem” Pior equipe desde a volta do Brasileirão, o Atlético depende da evolução individual dos jogadores, segundo Cuca, que assumiu culpa e destacou a necessidade de extrair mais do elenco: “Podemos jogar muito mais, temos jogadores importantes que podem jogar muito mais. E não estamos conseguindo tirar a essência de cada um. Não é falta de trabalho ou dedicação dos jogadores. Simplesmente não está acontecendo”. Coletiva pega mal na diretoria De acordo com informações de Victor Martins e Frederico Bolívar, as declarações de Cuca após a derrota para o Cruzeiro não repercutiram bem dentro do Atlético-MG e causaram incômodo na diretoria. Em coletiva, o treinador adotou um tom cabisbaixo, com respostas curtas, e admitiu não estar conseguindo “tirar o melhor do elenco”, o que aumentou a percepção de desgaste no comando. Além da autocrítica, Cuca deixou no ar críticas indiretas ao grupo de jogadores, reforçando a sensação de que a relação interna está abalada. O clima gerado pela entrevista intensificou a pressão sobre o treinador e foi visto como um ponto de atenção pela alta cúpula alvinegra. Nos bastidores da Arena MRV, a cena mais simbólica foi a do presidente Sérgio Coelho, que entrou e saiu diversas vezes do vestiário, sempre em ligações telefônicas após o revés. O gesto foi interpretado como sinal de preocupação diante da crise. Críticas aos jogadores Entre os pontos mais contestados pelos torcedores na derrota desta noite esteve a saída de Gustavo Scarpa, considerado um dos mais participativos do Atlético no jogo. Questionado sobre a decisão, o técnico Cuca apresentou sua justificativa. Torcida do Atlético-MG detona Júnior Alonso após falha em gol do Cruzeiro: “Mais uma falha” “Scarpa saiu porque colocamos um armador que tem mais chegada na área. A gente precisava de uma companhia para o Hulk. Foi assim que vencemos o Bragantino, com a entrada de Reinier [no Brasileirão]. Não vejo que o Scarpa estava tão bem assim. Se estivesse bem, não teria saído. É uma coisa lógica“, explicou.